sexta-feira, 14 de março de 2014

te(n)são

na nossa ultima noite
você me beijou demais
já sabia?

não teve riso,
mais teve graça,
elegância do movimento

o tesão depois a tensão
a atenção não tive mais
pode ir, vá em paz.


deixo você me deixar

deixe-me com meus pensamentos
deixe-me em silencio

calada eu não deixo de falar
grito mas alto
do que você pode berrar!
deixe-me me amar

deixe-me com meus livros
deixe-me em paz

não fale mal da solidão,
chega de criticar a escuridão,
eu comigo mesma,
um solo em mim,

deixe-me sozinha
deixe-me passar

Mensagem a minha velha conhecida


o seu já longínquo pensamento que me emociona
tu, que apenas escreveste e me leste, Cecília
me fez acreditar profundamente em ti
cada poema como esmola me consola, Cecília!

enquanto o mundo apagado se ilumina
e me entendo ao te entender, Cecília
em quanto os ignorantes nada sabem de nos,
por te ler me vejo, me conheço, Cecília

tu que nem me viste, nem me ouviste
no seu poema,
em selado silencio me fala,
cantando mensagens no ar,

cada verso um encontro de almas
calmas- do mar,
de concessão e rosas,
feitas ambas de prosas,
 
"que Deus *nos proteja, Cecília,
que tudo é mar-e mais nada"