quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Recordações de verão;Infancia

.Sol, cheiro de protector solar com maresia, churrasco no ar;cheira a felicidade.Areia na pele, agua salgada,picolé de uva ou limão.Bolo no forno, noites quentes, cartas,rolhas e historia;O velho lobo do mar.Buracos na praia, não pare de cavar.Bala de hortelã, doce-da-vovó, sensação e leite condensado;Tudo com o troco do pão. Bicicleta, fuga e esconderijo.Árvores, sombra e rede, pique-pega e pique-esconde.Barco, ano novo e Janeiro.Pedras, piratas, contos, sereias, baú e tesouro;Ao redor da fogueira.Por do sol, noite estrelada.Sessão da tarde e brigadeiro, casa de Vovi.Chuva de verão: forte, doce e fria, protecção no mar;no fundo.destemer.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Se souber alguma resposta, responda.Agradecida.

Faço das minhas falhas minhas fortalezas, sempre fui assim, não só as falhas mais aquilo que devia me dar vergonha e aquilo que me dava raiva me vanglorio de tudo isso, é uma maneira de se proteger eu acho, quase como o comediante que faz piada de si mesmo antes que os outros façam, tudo o que não pude ter e aquilo que tive sem querer, disso tudo eu tenho um orgulho, um que as vezes me parece falso mais me manteve em pé por muito tempo, é assim que é.Crio uma gloria naquilo que me parece feio, me envaideço dos meus traumas e pensando bem foi tudo isso que me transformou no que sou hoje, se quando pequena tivesse aprendido a montar como eu queria talvez eu fosse, hoje, bem diferente.Quem sabe o porque dos caminhos que seguimos?Tenho certeza que para tudo tem uma explicação, tanto quanto não creio no acaso.É tudo programado, será?
Interessante como não consigo me manter num tema só, o texto cresce e exige mais, é tudo interligado tal como a historia, não entendo como alguém pode dar aula de historia desconexa, tipo revolução Russa sem saber o que aconteceu antes no país, é estranho isso? Eu não conseguir manter minha mente num assunto só?Penso em varias coisas no caminho, mais do que isso penso em varias coisas ao mesmo tempo.Vou pensar nisso.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chuva, eu te amo.


É eu gosto dos erros.Do mesmo modo que amo chuva e ninguem compriende.
Sou apaixonada pelas falhas humanas, elas permitem que as coisas aconteçam,
que a historia seja escrita, e que você aprenda com os erros dos outros, é isso que eu faço.
Me hipnotiza a possibilidade de ver a vida em ação, porque é assim que eu sou,
ao ver o começo já sei o final, maldição ou benção eu sei, e me encanto como se estivesse lendo um livro, sinto as dores dos personagens e aprendi a tempos a não me meter, todos tem que errar sozinhos, mas nunca me neguei ajudar-los a se levantar, nunca.Perdoou, sempre.Não é como se eu quisese perdoar, mas eu preciso, e talvez, alguns desses perdoados, ou só um, que seja, aprenda com o erro e com meu perdão, não porque ele é muito difícil de conseguir, porque não é, mas sim por ser o primeiro, aquele que dá apoio e esperança para os errados se corrigirem, simples assim.Pode ser que eu esteja fazendo tudo errado,e errado por ironia, mas na minha lógica faz sentido, é só lembrar que eu perdoou mas não esqueço, esse sim e uma parte de mim que nem se eu quisesse eu poderia ignorar, o não esquecer.Inovidable, cada falha, minha ou não, cria uma cicatriz no meu coração e eu aprendo e não podia ser diferente.Não esqueço, mas não posso negar meu enorme carinho pelos defeitos, aquilo que faz de todos unicos, as estranhezas que nos diferenciam, e eu amo o diferente.Os defeitos fazem cada historia, que são tão iguais, terem seu proprio sabor e me encantar de maneira tão distinta.A chuva me agrada, eu amo a chuva.Falhas humanas, erros e defeitos eu os amo, ¿ que voy hacer?

sábado, 14 de agosto de 2010

-empezar-

"El tiempo a enseñado a callar
las cosas, me lastiman sin pensar
construimos con cuentos para el corazón.

Se muy bien que no es fácil
y tenemos que intentarlo
aunque el viento no este a favor..."

-Ei!-pausa a musica-Como você esta?-pergunta uma amiga na rua.-Como se sente?Quer dizer com isso tudo, né?

ferida,destruida,

Me sinto traida pela fé,

esmagada pela vida.

-Estou bem,tudo certo*sorriso*-play na musica e volta a andar.

"...Y encontrar donde esta, donde esta,
lo que nos hace invencibles,
y encontrar como regresar
cuando todo era posible,
y encontrar donde esta el final
y empezar."

sábado, 7 de agosto de 2010

(M)e vejo na proxima decada.


Sonhei,
na verdade foi pesadelo, acordei e fui em direção ao banheiro.Só que quando abri a porta do banheiro não era o meu banheiro, era um que eu conheço tão bem quanto.Era azul com jeito dos anos 50, como toda a casa aliais, era o banheiro de Ibicui.Me olhei no espelho, ainda era eu, o mesmo corte de cabelo, o mesmo lápis borrado que esqueci de tirar antes de dormir.Abri a porta, a luz do fim de tarde entrava pelas janelas largas.Na cuzinha o aroma do bolo de coca-cola era forte, por pouco não sumia com o cheiro da maresia.Saindo pela varanda, vi ao longe os adultos conversando, quase como se eles fossem amigos.Pulei uma a uma as pedras que me separavam da praia.Os mais velhos estavam saíndo, voltavam molhados pra casa, exastos por terem ficado o dia todo na praia.Eles saiam, mas uma menininha ainda brincava na agua.É.Fiquei assim tambem quando vi.Sentei na areia e lá fiquei, vendo-a brincar com a agua.Ela só saíu quando o ceu já começava a ficar cor de rosa, isso porque me viu, conhecendo-a como conheço posso dizer que se não fosse por mim ela teria ficado lá ate de noite ou ate alguem se lembra dela e chama-la pra dentro.Batendo o quexo e tremendo de frio ela veio se sentar ao meu lado.'Oi', ela disse.O rosto tão calmo, tão limpo, os olhos leves e duas pintas que nos labios pequenos ficavam grandes.'Oi' eu disse, querendo chorar, por ter perdido aquilo tudo.Ela percebeu, e com a sabedoria que só crianças tem ela me abraçou.Uhum, foi assim.Então eu agi, e fui logo dizendo 'não quero interfirir nas suas escolhas, mas me escute bem'.Ela não fez cara de duvida, nem saíu correndo pra dentro como achei que faria, me surprendi,literalmente.Então comecei a dizer, disse quando ela ficaria mal e o porque não devia ficar, 'essas pessoas não valem a pena', foi bem assim que disse, falei que ela devia continuar sendo forte e jamais perder o espirito de liderança, que anjos apareceriam em sua vida no momento certo e que devia ser bem mais tolerante e não levar tudo tão a serio, alertei para que não perdese oportunidades e disse que devia sentir menos e aproveitar mais, que não se preocupase com tudo e todos, e que as responsabilidades são dadas aos poucos e não de uma vez só, falei que ninguem, jamais, pensaria como ela e que por tanto não esperase nada dos outros, nada alem do que eles podem dar 'e se eles derem menos do que você acha que merece não pense duas vezes antes de parar de dar', é lembro bem de ter falado isso.'Não tente salvar ninguem, você não pode escolher pelos outros' disse tambem para ela nunca ver o futuro e não se sentir bem em cuidar dos outros, 'eles não vão cuidar de você e mais do que isso, não vão ligar se você cuida deles', avisei que certas coisas são importante só pra ela. 'O mundo é muito grande e as posibilidades são enormes, fixe nisso e ao inves de pensar em como é pequena'.E falei e falei e no fim ela olhou pra mim e disse, 'é tão dificil quanto eu penso?'.Me coração se partiu quando eu respondi 'É, você sempre esteve certa sobre isso'.Ela levantou o rosto com um ar sereno, só percebi a tritesa pelo olho levemente umido.'Ei, não fica assim, quer saber um segredo?'.A menina nem se moveu.'Você vai ser para sempre, sempre e sempre uma criança, embora para muitos isso seja idiota, eu sei que para você não é, para mim tambem não'.A menina sorriu, feliz então, já estava escuro quando dando 'tchau' ela entrou, mas não sem antes me dar um beijo e dizer ' boa sorte com a proxima decada, ela já deve estar chegando'.E tudo ficou claro dinovo e então eu vi, me vi, vindo ate mim, a não mais eu de 27 anos...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Noventa e tres,zero seis,zero sete e dez.

-
Dói, dói demais e eu não quero mais essa dor comigo.
Houve um tempo em que a dor simplesmente não tinha motivo, e eu chorava para encher meu peito com alguma coisa, pra tentar acabar com o vazio e então naquele horrendo ano eu encontrei algo para ficar ali.E foram ótimos tempos, conseguir levar o nó da garganta para o estômago, mas ele não desapareceu, não, nem nunca vai desaparecer.
O que acontece é que essa estranha dor, causadora do nó, também não sumiu por completo e tudo isso localizado no meu estômago esta fazendo mal para mim, não há como comer e quando algo nas pessoas me enoja eu simplesmente tenho vontade de vomitar, um vomito inexistente, que só me trás mais dor levando o maldito nó de volta parara a garganta, uma repulsa pelo o que eles acham ser o certo, na verdade é mais fundo que isso.
Porque agora anos depois, ocupado o vazio (ou grande parte dele) eu tenho outros motivos pra chorar, motivos reais, dores existentes, e mesmo assim não é por elas as minhas lágrimas.
E foi exactamente isso que eu sempre pensei ser a cura, uma dor existente, algo que pudesse lamentar de forma consciente, e o que vejo é o contrario, resisto a essas dores com uma coragem que pensei que não tivesse, elas me abalam, mas coisas mundanas, não como se não as sentisse, claro que sinto, doem como doeriam se o vazio não existisse, mas ele existe e por culpa dele sei o que é dor.E dói.
-

terça-feira, 3 de agosto de 2010

talvez.

Não combino com o 'não' ou com o 'sim',
o 'talvez' tem mais de mim,
não entendo o 'tudo' e o 'nada',
simplismente não tem graça,

Escolher não é comigo.
Não sei o que quero nem o que sinto.

A certeza não é pra mim,
e não fui eu quem quis assim.

domingo, 1 de agosto de 2010

sete meses.


"Tantos problemas
Y callejones sin salida
Tantas canciones
Que no vieron la luz del día

Tantas mañanas
Que no quise despertar
Miles de heridas
Que quedaron sin sanar

(Pero)

Sólo hay que vivir
Sólo hay que sentir
Y cantar esta melodía (Esta melodía)
Y bailar sin temer
No dejarse vencer
Porque hoy no fue un buen día
Que la lluvia te moja la piel
Pero nunca el corazón
Sólo hay que seguir
Aunque el cielo esté gris
Mira que hay que mirar... al sol

Trato de escucharme
Y no distingo mi voz
Trato de dibujarme
Pero no sé quien soy

Lo que sí sé
Es que me queda mucho por entender
Porque esto
Que yo añelo ya habita en mi ser"