quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Noventa e tres,zero seis,zero sete e dez.

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Dói, dói demais e eu não quero mais essa dor comigo.
Houve um tempo em que a dor simplesmente não tinha motivo, e eu chorava para encher meu peito com alguma coisa, pra tentar acabar com o vazio e então naquele horrendo ano eu encontrei algo para ficar ali.E foram ótimos tempos, conseguir levar o nó da garganta para o estômago, mas ele não desapareceu, não, nem nunca vai desaparecer.
O que acontece é que essa estranha dor, causadora do nó, também não sumiu por completo e tudo isso localizado no meu estômago esta fazendo mal para mim, não há como comer e quando algo nas pessoas me enoja eu simplesmente tenho vontade de vomitar, um vomito inexistente, que só me trás mais dor levando o maldito nó de volta parara a garganta, uma repulsa pelo o que eles acham ser o certo, na verdade é mais fundo que isso.
Porque agora anos depois, ocupado o vazio (ou grande parte dele) eu tenho outros motivos pra chorar, motivos reais, dores existentes, e mesmo assim não é por elas as minhas lágrimas.
E foi exactamente isso que eu sempre pensei ser a cura, uma dor existente, algo que pudesse lamentar de forma consciente, e o que vejo é o contrario, resisto a essas dores com uma coragem que pensei que não tivesse, elas me abalam, mas coisas mundanas, não como se não as sentisse, claro que sinto, doem como doeriam se o vazio não existisse, mas ele existe e por culpa dele sei o que é dor.E dói.
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