segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Espinho da rosa

Ela era rude,... e carinhosa.Doce ...e incrivelmente critica.Oposta, o tempo todo em extremos, era difícil ser ela.Logo ganhou má fama, era a 'chata',dizendo com eufemismo ela era 'sincera demais', incomodava os outros, isso sim.Só os seus amigos sabiam quem ela realmente era, uma flor de delicadeza e meiguice, e frágil, muito frágil.Mas era difícil conseguir sua confiança e, ao ponto de contar com seu total apoio e grande influencia.Elsa impunha uma imagem de quase medo, que afugentava os pretendentes que pudessem se encantar só pela imagem, com a língua afiada derrotava qualquer um, antes que este tivesse chance...
Nas cansões da corte os trovadoreiros a chamavam de 'rosa', mostrando que para capturar tal formosura era preciso alguns arranhões nos seus espinhos venenosos, como uma rosa, Elsa dispunha de muita beleza, e não iria dá-la facilmente, não era uma qualquer, uma 'margarida' nascida no campo, descendia de uma frondosa roseira, a poesia a mostrava presunçosa de sua linhagem(de fato bem aristocratica) e de sua beleza, mas na verdade a musica acertava em uma coisa: ela só protegia seu coração, não desejava a atenção de um cavalheiro com interesse somente em seus títulos, terras e beleza física, não cometeria o mesmo erro de sua irmã.Queria amor, alguém que de tão encantado venceria suas recistencias e espinhos um a um, conquistando com um devido esforço seu coração, ela assim merecia.

"Não te aflinjas com a petala que voa:
tambem é ser, deixar de ser assim.
rosas vera, só de cinza franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma ate nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me que não tenho fim."

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